sábado, 30 de agosto de 2008

Mudando de rumo
E voltando no caminho
Antes voltar que o prosseguir fora do rumo,
Que o persistir no inseguro,
Que se afasta cada vez mais do prumo.
Volto com a esperança
De trilhar de novo o caminho da segurança
Buscando o renovo
Que vem do altoProssigo, voltando.
ProssigoBuscando o lugar
Que é meu
Que se fez meu.
Sem mais expectativas enganosas
Sem mais desencanto sobre o que vivo
Não mais o sonho,
Realidade.
Viver e reviver o que se fez real
Longe do mágico da minha cabeçaMe jogo no cinza
E agora, consigo distinguir o preto do brancoAo olhar de frente
Tudo o que agora assumo
Meu mundo que se desaba
Para que outro se reconstrua
Nesse meu retorno.
Voltar e deixar para trás
Prosseguir voltandoIsso é dor e amor
Gosto e dissabor
Uma mistura,
Amarga e doce
Que me contrói em ser misturado humano.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Fome!


Os mais ricos estão em cada ano que passa mais ricos, muito mais ricos.
Depois há os pobres, mais pobres. Em todo o mundo. Há, não há? É que às vezes ando distraído.
E depois continua a haver gente muito pobre, gente a morrer à fome. Continua a haver muita gente subnutrida, crónica. Continuam a nascer crianças em todo o mundo condenadas à morte precoce, por falta de alimentos, de cuidados médicos. E a Etiópia, Eritreia, Somália, Sudão, Quénia, Uganda e Djibuti, a Zâmbia, o Malawi, Zimbabwe, Lesotho e a Swazilândia, desapareceram do mapa? E continuam ainda a morrer milhões de africanos, à fome, à sede, vítimas das secas, das inundações, das guerras, dos conflitos políticos e religiosos. E na Ásia, no Médio Oriente, na América Latina, na Europa, no Resto do Mundo, como estamos? Eram quase mil milhões de pessoas sem alimentos ou subnutridas. Já não se fala nada? Ou já acabaram por morrer todos e não demos por ela?
De repente lembrei-me que não tenho lido nada sobre a pobreza, a fome, a miséria no mundo. Esquecemos-nos entretidos que andamos noutras coisas mais dadas aos poderes materiais.
Somos todos assim, não somos? Pois é. Não deixamos de ser uns tristes, pobres de espírito.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Sonhar é de GRAÇA!


"Nunca deixe de sonhar por medo ou vergonha. Faça de seus sonhos uma realidade e da realidade uma eterna felicidade."Autor: (Desconhecido)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Um sorriso...



UM SORRISO DERRUBA BARREIRAS E ABRE OS BRAÇOS DE QUEM NOS VÊ SORRINDO. MAS, PARA QUE SEJA AUTÊNTICO O SORRISO, NÃO BASTA FAZER ARTIFICIALMENTE O TREJEITO.
O SORRISO É A PORTA DA ALMA QUE SE ABRE TÃO SOMENTE QUANDO DENTRO DE NÓS SE ANINHAM E FLORESCEM O SENTIMENTO DE FAZER O BEM E O PENSAMENTO LIMPO!
O SORRISO É A MARCA DA ALMA BONDOSA. QUANDO ESTAMOS DE BEM CONOSCO MESMOS, PORQUE ESTAMOS FAZENDO SOMENTE COISAS BOAS, QUANDO NOS AMAMOS A NÓS MESMOS E AOS QUE NOS RODEIAM, A ALEGRIA BROTA DE DENTRO DE NÓS COMO A PLANTA BROTA DA TERRA.
É ESSA ALEGRIA QUE TEMOS DENTRO DE NÓS QUE NOS DÁ O SORRISO QUE DERRUBA QUALQUER BARREIRA!!!!
SORRIA, MEU AMIGO, MINHA AMIGA! ALEGRIA...ALEGRIA....ALEGRIA E SORRIA...SORRIA....SORRIA!!!!!!!!!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Promessa de Felicidade


O que é a felicidade senão o desejo de muitos. Para tudo se tem um objetivo, e o objetivo principal é ser feliz. Contudo, duvidosa é a própria palavra “felicidade” que não nos explica seu verdadeiro e real sentido. E podemos nos perguntar se somos felizes hoje ou se poderemos ser felizes algum dia. O termo em si possui muitas implicações que até o presente momento são alvo de meras especulações. Ele também é constantemente aprisionado em ideologias, servindo como pretexto a atos bárbaros. Tento fugir disso procurando mostrar uma reflexão simples para o significado que a palavra “felicidade” merece em nossas vidas.
O grande filósofo grego Aristóteles só poderia enxergar felicidade como fim último dos homens, pois a sociedade em que outrora vivia necessitara de urgentes reformas políticas, que garantissem o bem-estar de todos. Esse fim último dos homens poderia ser alcançado com o cultivo da virtude. A virtude era o único meio de se chegar à felicidade. Ela seria a justa medida entre os valores morais e os prazeres supérfluos. De Aristóteles até a modernidade, felicidade significara uma conquista universal, uma conquista para todos.
Com os filósofos existencialistas, felicidade passou a ser sinônimo de individualidade, ou seja, uma busca pessoal e não comunitária. Ela estava implicitamente ligada ao desejo de liberdade. Logo, felicidade e liberdade caminhavam juntas. O próprio filósofo francês Jean-Paul Sartre atribuía ao Outro um empecilho a minha felicidade. “O inferno são os outros”. Uma felicidade comunitária era impossível de se conquistar, apenas alcançaríamos a felicidade própria.
Assim, descordavam os filósofos entre si sobre o termo felicidade. Isso mostra o quanto é difícil darmos uma definição precisa do termo. Será a felicidade uma busca pessoal ou comunitária? Essa era a grande questão. O fato é que muitos prometem felicidade sem saber o que realmente ela representa na vida de cada um de nós. A religião é uma dessas promessas. Ela promete uma felicidade eterna que só será atingida no final da caminhada terrena. Em outras palavras, a salvação é a felicidade esperada.
Quanto à promessa que a religião faz sobre a felicidade, não me preocupo tanto, uma vez que fora substituída por outra. Minha preocupação é com a promessa de felicidade, que substituiu a da religião, que o mundo de hoje prega de maneira bem camuflada. Uma promessa efêmera que só diz respeito aos bem-sucedidos economicamente. Uma felicidade individualista que prega a fé no progresso técnico como alavanca dos dias melhores. O termo felicidade, tanto individualmente como coletivamente se misturam, não se sabe mais quem é quem. As vitrines das lojas oferecem inúmeras bugigangas com a promessa de felicidade. As campanhas políticas oferecem também a promessa de felicidade para todos. No final das contas, vivemos uma crise em todos os sentidos, e essa dita promessa feita pelas ideologias se afasta cada vez mais da realidade em que o mundo está mergulhado.
Quem se diz feliz hoje, ou é por si mesmo ou porque ainda enxerga uma ponta de esperança, uma luz no fim do túnel. Ainda duvido das respostas afirmativas sobre a felicidade. Quando tomaremos consciência de que o caminho que se vem traçando hoje não condiz com a realidade? Quando a humanidade vai rever seus projetos? Segundo Bachelard, “para sermos felizes, precisamos pensar na felicidade do outro”. Será mesmo?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Aos meus amigos...



Amizades são feitas de laços
Que unem o coração com o amor
Dado de graça, pois amar nada cobra
Amizades são feitas de carinho
Que surge num simples momentoDe aperto de mão ou um abraço fraterno
Amizades são feitas de confiança
Não trair não enganar um amigo
Que sempre quer bem a você
Amizades são feitas de diferenças
Que consegue discordar de você
Sem brigas, apenas com a razão
Amizades são feitas de amor
Algo inexplicável que apenas sentimos
Uma mistura de sentimentos como
Paixão, devoção e respeito
Amizades são feitas de amigos que amamos da maneira que eles são
Porque mesmo que mudem ainda

Os amaremos…
Amizades são feitas assim…

domingo, 24 de agosto de 2008

Meu DEUS!


Eventualmente tenho perguntado a amigos por que teria Jesus Cristo proferido essas palavras em seus últimos momentos na cruz. As pessoas – geralmente demonstrando certo desconhecimento das Escrituras – têm diversas opiniões a respeito: que foi um momento de angústia; que foi uma prova da humanidade de Jesus, pois, afinal, ele era um homem como nós, de carne e osso, sofria como a gente, etc. Alguns até questionam se Cristo teria tido um momento de fraqueza, imaginando que o Pai o havia de fato abandonado...
Na verdade, há razões importantes para a cena, mas vale lembrar inicialmente que Jesus estava... orando. Uma oração judaica, um Salmo: o Salmo 21, para ser mais precisa. Afinal, o judaísmo era a religião ancestral de Jesus.
O Mestre estava orando e cumprindo uma profecia.
Quando hoje um cristão se vê em desespero, clama por Deus, pelo Mestre, reza o Pai-nosso, a Ave-Maria... Um muçulmano clama por Alá... Nada mais natural, portanto, que, num momento de sofrimento, Jesus fizesse uma oração que lhe viesse das profundezas da alma, clamando pelo mesmo Deus hebraico que foi o Princípio para as demais crenças e que o Mestre aprendeu a amar desde sempre.
"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? E permaneceis longe de minhas súplicas e de meus gemidos?"(...) Salmo 21 (Algumas Bíblias trazem como Salmo 22)
Essa atitude de Jesus, significante num momento de aflição, também simboliza algo que nos leva a uma profunda reflexão: a união que deve irmanar as religiões que professam a crença no mesmo Deus.
Naquele instante crucial, Jesus fez uma oração judaica. Era uma forma de mostrar que ele não rompera com o judaísmo, que sua crença ancestral continuava a ampará-lo, especialmente naquele momento tão expressivamente simbólico – de "passagem" para a nova era. O novo não significa necessariamente a negação do antigo, podendo ensejar a evolução transcendental, o aperfeiçoamento espiritual, a "comunhão", enfim.
Quando assistimos, decepcionados, a tantas guerras entre irmãos que professam a crença em Deus, muitas vezes sob pretextos religiosos, ficamos a imaginar o quão profundamente entristecido não estará se sentindo o Mestre Maior... O que fizemos de seu exemplo na Cruz?... Onde está a comunhão entre os povos?
Finalmente, cabe sempre lembrar que a cena em questão estava prevista entre as profecias que antecipavam a vinda do Messias, e que o verdadeiro ensinamento de Cristo é desejar a Paz na Terra não apenas aos homens de boa vontade.
Que a Paz chegue para TODOS os homens, especialmente aos que ainda não encontraram a Boa Vontade!